Francisca Carvalho a partir de Teresa Carepo:
Ar frio nas mãos
Cara narinas
Canto o frio aos pássaros naturais.
As costas em bolha protegidas – homem em fato espacial.
Espaço intermédio
Nove graus
árvores estáticas contrastantes.
Muito sol.
Árvores a rebentar – sinto o sol.
A brisa não toca e sinto o sol.
Pessoas que por necessidade andam, missionárias.
Cores brilhantes
Verdes campos em luz clara.
Contrastante chapa – ao som e ao sol,
estática.
Filipa Pestana a partir de Teresa Carepo:
Som, ar, sol
Clareza
Cores brilhantes e sombras escuras
Barulho dos pássaros
Homem versus natureza
Sandra Chaves Costa a partir de Teresa Carepo:
Espécie de irmãos
Todos sabemos que a vida é muito curta,
Sempre o soubemos!
Somos uma espécie de irmãos que não passam pelas palavras.
Não falam por palavras, mas por obras,
Que se comunicam entre elas.
O que se faz passar para a obra provém do olho e dirige-se ao olho!
Num discurso em organização,
Num elogio ao defunto.
Ideias e expressões raras.
Flávia Germano Barra a partir de Teresa Carepo:
O som do ar frio passa e aquece a parte do corpo na parte de fora do corpo.
A mão intermédia gela e contrasta em amplitude, clareza e vincos.
Susana Ayres a partir de Teresa Carepo:
Versus
Tenho frio, imenso frio, invade-me as narinas
desagradáveis.
Esta dor estática
contrasta com o sol,
instável: rebenta a brisa onde o calor nos
evita.
Por fim estou sozinha no corpo
e quente.
Ritmo nos vincos do contraste.
Sofia Campilho a partir de Teresa Carepo:
Barulhos desagradáveis, da mesma natureza, da parte das costas.
Na entrada da normalidade, começa a doer, estática.
Começa a rebentar a brisa que corre, demasiado quente.
Missão, quando a realidade tem mais amplitude e contrasta com o Homem.
Ana Natividade a partir de Teresa Carepo:
a bolha
o ar passa nas mãos na cara nas narinas
o barulho interrompe o corpo
fato espacial no espaço intermédio
a mão gela
começa a doer
a brisa não toca o sol demasiado quente
andam por necessidade
as cores mais brilhantes
as sombras mais escuras
Rosa Baptista a partir de Teresa Carepo:
Ar frio nas mãos
Interrompe sons desagradáveis.
Parte do corpo está quente… vozes espaciais?
No espaço, a mão de fora.
Estáticas, zero graus.
Corre, toca, sinto
Numa missão as sombras a bater
Vincadas
teresa , teresa , teresa , teresa , teresa , teresa, teresa, teresa, teresa….
João Simões a partir de Teresa Carepo:
ar frio
solidão fria da rua
fato espacial à entrada do lugar intermédio
as árvores estáticas a rebentarem na temperatura
do sol verde claro da manhã
também aqui está o homem versus a natureza
Eugénia Mendes a partir de Teresa Carepo:
O ar frio
Carros fazem barulhos desagradáveis
Os pássaros cantam
Fria solidão
Um homem está na rua
No espaço intermédio
Vozes de pessoas
Árvores paradas
A brisa corre mas não toca
Zohia Valentina Polanco a partir de Teresa Carepo:
Nas mãos contrastam, mesma natureza quente.
As costas na bolha.
Homem de fato espacial, a mão da fora no telemóvel, estática.
O tempo quente, uma bicicleta que corre quente por necessidade.
Calor, toda a realidade tem mais amplitude, barulho dos pássaros vincados vs natureza.
Isabel Bento a partir de Teresa Carepo:
O canto das árvores é da mesma natureza do ar frio
As vozes das pessoas lembram a normalidade
As árvores estáticas contrastam com o movimento dos carros
Calor, Sol, toda a realidade material é mais contrastante.
Homem versus natureza
Vicente Saraiva

Francisca Carvalho a partir de André Almeida e Sousa:
Janela a norte
Prédios parqueados,
gatil de luxo:
prazeres do sul.
Ao longe a agronomia do sol
É bonito com as coisas belas.
A luz muda a bolha do parque.
Turistas e putos. Ganzas.
Ciprestes em miniatura: tempo e disposição.
Branco é a cor do agora.
Pingos de água revestem a mota.
Não há gotas nem Mickey.
Nespereira de frutos
Vozes indistintas.
Sofia Campilho a partir de André Almeida e Sousa:
Tarde, virada a norte, terreno baldio com requintes de luxo do vale de Alcântara.
Coisas belas diariamente.
A luz muda e todos os dias vem ao parque.
Chove e fica escuro, o branco habitual, são as cores agora.
Música involuntária aparecendo e desaparecendo.
Não há sinal de gatos, neste momento… umas vozes indistintas.
Isabel Bento a partir de André Almeida e Sousa:
Janela virada a norte, terreno baldio
Cemitério dos prazeres, onde o sol se põe
Belos, bonitos, não conheço
Chave, ciprestes, jazigos, muda o tempo, confinamento
Branco, cinzento, verde-escuro, mini círculo
Desenho o Mickey, gatos não existem
Os prédios desaparecem na continuação do cemitério
Rosa Baptista a partir de André Almeida e Sousa:
Parqueamento baldio, hotel de luxo, prazeres
Agronomia, sol
Fotografo bonito (surpreende-me)
Sempre turistas
Chove ciprestes, jazigos, ferrugem
Tempo e disposição / branco e verde
Música dentro da cabeça:
Mickey, gatos, chuva não;
Frutos, roupa a secar, pássaros…
Prevalece.
Federico Castoldi a partir de André Almeida e Sousa:
Nord apperchiamento, pracer dos dias especial.
Paesaggio luz mudar no parco.
Fumando chuvia cuidad exposição. Interior verde, roupa.
Agua município agua otra vez, disaparecido.
Agora lembrar u ritmo della chuvia.
Maria José Meneses a partir de André Almeida e Sousa:
Tarde
Virada a norte
Terreno baldio
Cemitério
Sol se põe todos os dias
Resume o dia
Conheço cada canto
Luz muda
Embasbacados
Ganzas
Chove
Ciprestes
Jazigos cidade coisa interior
Barulho da chuva música involuntária
Poças de água
Mickey
Turistas
Nespereira
Vazio
Roupa a secar ao ritmo da chuva
João Simões a partir de André Almeida e Sousa:
Janela a norte
o pôr do sol fotografado só porque é bonito
ciprestes verde escuros com chuva, branco, cinzento, verde
escuro
mini círculos nas poças de água
nespereira florida
vozes indistintas
Francisca Sampayo a partir de André Almeida e Sousa:
Janela a Norte
Numa janela virada a norte
prédios, terreno baldio, gatil de luxo
Cemitério dos prazeres
ao fundo, Vale de Alcântara, céu de sol sobre Agronomia
a luz muda constantemente
e uma bolha no parque cheio de turistas, putos, ganzas
Chove, cipreste mais escuros, muda o tempo, muda a disposição
branco, cinzento, azul escuro
poças de água no parqueamento
capa reveste mota lembra rato mickey
não há turistas, nem putos, nem ganzas
ritmo da chuva que prevalece
Eugénia Mendes a partir de André Almeida e Sousa:
Janela virada a norte
Terreno baldio
Prazeres do sul
Cemitério ao sol
A luz muda constantemente
Mota lembra rato Mickey
Tudo vazio e desabitado
O barulho da chuva cai
Zohia Valentina Polanco a partir de André Almeida e Sousa:
Onde o sol se põe todos os dias, a luz muda todo o tempo.
Chove e os ciprestes ficam mais verde escuro.
Destinos agora.
Fios de roupa vazios.
Poças de água com círculos de gotas dos pingos.
Flávia Germano Barra a partir de André Almeida e Sousa:
A Janela do Norte com os prazeres ao sol, do sul, da paisagem surpresa.
Uma bolha de liceu – música a chover sobre os jazigos sem disposição a branco e cinzento.
Um carro vazio nos espelhos pingados na pedra. As orelhas do rato Mickey e a doçura das nêsperas e dos pássaros desabitados a prevalecer.
Vicente Saraiva

Francisca Carvalho a partir de Carlos Ribeiro:
Um melro cruza o espaço.
Adoro e falo com criaturas maravilhosas.
Alta tensão no telhado
e a linha do horizonte sorri.
Moscas caminham no vidro que permanece,
Fruta apodrece no relógio.
Os reflexos incomodam-me no poste do vislumbre.
Olho o troço, para que aconteça.
(recorte do pilar e a luz de chapa)
Nada acontece.
Limões vizinhos,
Mola branca e corda velha,
a romper-se – que segura!
Casas dinâmicas por breves instantes.
Ana Natividade a partir de Carlos Ribeiro:
um melro
adoro melros.
criaturas negras e azuis
molas de alta tensão na linha do horizonte
uma mota mosca caminha no vidro
uma fruta apodrece no relógio
troço de algo que acontece
um pilar no muro branco tela
nada acontece no vazio
Teresa Carepo a partir de Carlos Ribeiro:
Fim
A mota percorre a linha do horizonte
Procuro uma referência em busca de algo que aconteça
Uma peça de fruta a apodrecer na cozinha
O resto parece apagar-se
Como numa escultura
Imagem estática que se torna dinâmica por breves instantes
Um não lugar
Sofia Campilho a partir de Carlos Ribeiro:
À janela, o melro cruza o espaço.
O céu está negro e assenta mesmo à minha frente.
As moscas caminham no vidro a apodrecer na cozinha.
Sobrepõem-se o troço da estrada em busca de algo… só agora reparei, faz lembrar uma tela que termina no muro.
Nada acontece.
Azul e branco mesmo à minha frente, improvisada, mais atrás, que consigo vislumbrar um conjunto de imagem estática por alguns instantes.
Isabel Bento a partir de Carlos Ribeiro:
Na janela para a varanda um melro
Adoro-os, porque são maravilhosos
Parece a linha do horizonte
Poste de alta tensão
Várias moscas muito pequeninas caminhando no vidro
Pilar do muro com superfície branca é a minha referência
Rosa Baptista a partir de Carlos Ribeiro:
Janela, varanda, melro
Falo: Serem maravilhosas!
Nego: Alta tensão, em frente!
Faz-me sorrir.
Mota vai,
Moscas permanecem,
Fruta apodrece.
O relógio apetecia reflexos,
Poste deste deslumbre,
O resto apaga-se…
Criou Branca e Branco, todo e nada,
Vazia.
É meio dia e dezassete.
Um quintal à minha frente quase a romper-se…
Amarelo estrada. Atenção!
Pássaros
Casas
Instantes
Federico Castoldi a partir de Carlos Ribeiro:
A janela do melro, maravilhosa.
Azul, tensão, perfeição: sorrir en frente.
Olho en fin para ti, que coisa estrana.
Uma superfície branca, quasi scultura.
Corda velha. Amarelo, conjunto de Casas.
Maria José Meneses a partir de Carlos Ribeiro:
Janela
Melro
Espaço
Falo com eles
Maravilhosas
Negro e azul
Alta tensão
Linha do horizonte
Sorrir
Mota vai ao Lidl
Vidro à frente
Peça de fruta
Tempo fim
Reflexos
Troço de estrada
Vislumbro algo que acontece
Recorte escultórico
Chapa de luz
Branco
Muro espaço
Não lugar
Vazio angustiante
Corda velha
Pássaros
Dinâmica
Breves instantes
João Simões a partir de Carlos Ribeiro:
à janela,
um melro cruza o céu,
falo com eles coisas maravilhosas
vejo
o poste suspendendo a linha no horizonte
a estrada que conduz ao Lidl
à beira da estrada rondam
várias moscas
na fruta a apodrecer
continuo,
detrás dos reflexos
a estrada é a referência que se apaga
uma chapa de luz
tela branca, parece uma escultura vazia
céu maravilhoso com limões a romper-se num plano mais atrás
a estrada grita estática e dinâmica
Francisca Sampayo a partir de Carlos Ribeiro:
Um não lugar
Janela da varanda, oiço melros! Adoro melros! Falo com eles! Maravilhoso!
Céu negro e azul
Poste de alta tensão cruza o horizonte a sorrir
Mota vai ao Lidl
Peça fruta a apodrecer na cozinha
Reflexos
Poste troço de estrada
recorte escultórico no muro
luz de chapa
tela, pilar branco
Um não lugar, onde nada acontece, um vazio
Céu azul e branco
Limões do vizinho verde e amarelo
Corda velha com mola
Imagem de janela dinâmica
Eugénia Mendes a partir de Carlos Ribeiro:
Janela na varanda
Adoro melros e falo com eles
O céu está negro e azul
Parece a linha do horizonte
Moscas caminham no vidro
O tempo está a acabar
Recebi de chapa a luz
Parece uma escultura
Azul, branco, verde e amarelo
Por breves instantes
Zohia Valentina Polanco a partir de Carlos Ribeiro:
O espaço à frente absoluto maravilhoso, a linha do horizonte faz-me sorrir provavelmente permanece a minha frente na cozinha.
Afasta-me dele, desta janela, em busca de algo, agora reparei, uma tela, parece uma escultura, o vazio é angustiante.
Limões. Muito tempo a segurar a mola verde amarela.
Um conjunto de casas e pássaros a tornarem-se dinâmicos.
Flávia Germano Barra a partir de Carlos Ribeiro:
O melro cruzado falava à varanda maravilhosa. A alta tensão do telhado à minha frente é uma estrada de moscas na fruta apodrecida. A contínua reflexão do poste indistinto e de troço apagado – uma chapa de luz – um murro branco.
nada acontece da angústia vazia do céu azul. Uma mola e uma corda seguram os limões na estrada e a casa um conjunto por um instante.
Vicente Saraiva

Viagem ao mundo dos símbolos IV

Espaço de projeto, aprendizagem e experimentação artística